Dúvidas frequentes: Primeira vez
Pergunta:
"Olá....estou com um problema muito sério. Tenho 25 anos e meu namorado 24; namoramos há sete anos e gostamos um do outro. Nunca transamos, sou virgem e ele jura que também é. Já tentamos várias vezes, e nada de dar certo. Estou uma pilha de nervos e não sei mais o que fazer, não sei onde está o problema. Será que é porque ele não operou a fimose? Isso pode influenciar a vida sexual dele? Tenho certeza que ele sente tesão por mim, mas na hora H não dá certo. Já cobrei dele esta situação, mas as coisas só pioraram porque agora nem tentamos mais. Sou uma mulher bonita e acabo até paquerando outros caras pra ver se pelo menos assim consigo superar essa frustração. Preciso solucionar este problema, não agüento mais."
Resposta:
Mas em que inferno se transformou a vida sexual agora!
Em vez de prazer, em vez de aconchego, em vez de diversão, em vez de alegria e energia, o relacionamento sexual está promovendo tristeza, tensão, ansiedade, frustração, neuras.
Alguma coisa errada tem, não é possível!
Com você, o que tem de errado?
Primeiro: essa história de cobrar de seu namorado o que ele não está conseguindo fazer. Sexo não se cobra, querida, e você já descobriu o porquê. A aproximação sexual deve se dar naturalmente, deve ser fruto do tesão, do carinho de um momento de intimidade entre o casal que torna possível a disponibilidade física e emocional para a prática sexual.
Segundo: você está usando essa dificuldade de seu namorado, se é que é dificuldade mesmo, para se avaliar. Você está se sentindo pouco atraente e pouco desejada por causa disso.
Calma: o que está acontecendo com ele pode ter a ver apenas com ele, e não com o relacionamento nem com você. E paquerar outras pessoas não dá em nada já que é com seu namorado sua questão.
Você fala em fimose. Ele tem? Se tem, já foi ao médico verificar se é preciso operar ou não? Não transforme uma situação simples em um fantasma. Que tal dar uma força para que ele vá ao médico?
O homem que tem fimose pode sentir dor ou desconforto quando tem ereção, e isso pode, realmente, atrapalhar a transa.
Por fim, não limite a transa ao sexo genital. Se vocês conseguirem curtir tudo o mais que é possível, a ereção e a penetração não vão ser tão fundamentais assim. E aí já começa a ter espaço para o prazer, para a alegria, para a diversão, enfim, para o que realmente o sexo deve proporcionar.
Rosely Sayão é psicóloga, colunista da Folha de S.Paulo e autora de vários livros sobre sexualidade e família, entre eles "Como Educar meu filho?" (ed. Publifolha). Veja mais em UOL Teen Sexo